Sabemos que Deus é misericordioso e fonte da misericórdia. Às vezes dizemos que: “A misericórdia nos leva a nos compadecer dos sofrimentos do próximo, como se nós o sentíssemos em nós mesmos” – é própria apenas dos seres humanos, não de Deus, já que Ele é um espírito puro. Nas palavras de Santo Tomás de Aquino, “não é próprio de Deus contristar-se com a miséria de outrem”. Mas é própria de Deus a misericórdia, que é fundada na vontade. Ao dirigir-se às criaturas, Ele sempre as ama misericordiosamente.
O homem, que já era um nada diante de Deus pela simples condição de criatura, após o pecado ficou, por assim dizer, “abaixo do nada”. E foi por este homem que o próprio Deus se encarnou e manifestou a Sua misericórdia.
Mas como podemos viver a Divina Misericórdia em nossos dias?
- No anúncio da Misericórdia.
A maneira certa de anunciar a Misericórdia é viver o que está escrito na Palavra de Deus:
“Filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas com ações e em verdade” (1Jo 3,18).
Sabemos que hoje, dificilmente, as pessoas acreditam nas palavras, e se acreditam, é porque veem as ações. As pessoas acreditam mais nas testemunhas do que nas palavras. Jesus Misericordioso, sabendo da dificuldade de toda a humanidade, disse à Santa Faustina, no Diário 742, que Ele nos ensinava três formas de anunciar a Misericórdia: a primeira é a ação; a segunda é a palavra; e a terceira é a oração.
Sabendo o que devemos fazer na prática, seguimos para o segundo ponto:
2. Prática das obras de misericórdia corporais e espirituais.
As obras de misericórdia podem ser corporais ou espirituais. São Tiago nos ensina sobre a fé e sobre as obras:
“Com efeito, como o corpo sem o sopro da vida é morto, assim também é morta a fé sem as obras” (Tg 2,26).
E, dessa forma, entendemos a importância das obras para a nossa fé, pois ambas estão vinculadas e uma alimenta a outra.
– Obras de misericórdia corporais: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos.
– Obras de misericórdia espirituais: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas e rezar a Deus pelos vivos e defuntos.
3. Como praticar?
A devoção à Divina Misericórdia respira com dois pulmões: o primeiro é o da confiança; o segundo, das Obras de Misericórdia.
Oração, palavra e ação são maneiras de praticar a misericórdia para com o próximo.
“Se a alma não praticar a misericórdia de um ou outro modo, não alcançará a minha no dia do juízo (D. 1317)”.
Deves mostrar-te misericordiosa com os outros, sempre e em qualquer lugar.