No ano 2000, o Padre Adilson Carlos Simões da Silva, quando pároco da Paróquia Nossa Senhora do Livramento, na cidade de Arcoverde, no agreste de Pernambuco, exercendo o seu ofício pastoral, celebrava aos domingos missas nas comunidades rurais da paróquia, uma delas na localidade conhecida como “Serra das Varas”, distante 12km da cidade e a 5 km da BR-232.
Nesse lugarejo de gente simples e humilde, porém, de uma profunda demonstração de fé, com poucas casas e uma igrejinha na qual o padre batizava, confessava, visitava os doentes, também celebrava, mensalmente, a Santa Eucaristia.
Numa dessas celebrações eucarísticas, após a consagração do pão e do vinho, o padre Adilson sentiu algo inusitado, um momento admirável e encantador. Ele mesmo nos conta:
“Ouvi uma voz, suavemente, me falando ao ouvido:
“Eu quero que se construa aqui um Santuário
dedicado à Minha Divina Misericórdia”.
Tomado de grande susto, fiquei atônito e perplexo!
Ao final da missa, debruçando-me sobre o altar,
ouvi novamente o mesmo pedido, agora um pouco mais forte:
“Eu quero que se construa aqui um Santuário
dedicado à Minha Divina Misericórdia.”
A mensagem imperativa permaneceu em sua memória durante três anos. Muitos à época imaginavam ser uma ideia louca e estapafúrdia, fruto apenas de sua imaginação. Mas o ele sabia que não se tratava apenas um sonho ou um delírio, mas de uma vontade de Deus mesmo. Porém, para realizá-la, o padre sabia que passaria por provações e tempos de dificuldades. Confiante no poder de Deus e na sua Divina Misericórdia, lançou-se na “aventura” considerada como loucura aos olhos de muitos. Ele sabia que seria uma caminhada longa, porém “sentia imenso desejo de cumprir fielmente a determinação do Senhor”, enfatizou.