Papa Francisco recomendou às pessoas que não conseguirem um sacerdote para fazer a confissão, que façam um ato de arrependimento de seus pecados diante de Deus, para que alcancem o perdão. Mais tarde, o penitente deve procurar confessar-se com um sacerdote assim que for possível.
Disse o Santo Padre: “Faz o que o diz Catecismo. É muito claro: se não encontras um sacerdote para confessar, fale com Deus, Ele é teu Pai” (cf. n.1484). Em uma homilia, na Missa em Santa Marta, o Papa explicou como é possível fazer uma confissão espiritual quando a situação não permite encontrar um sacerdote.
Ele disse: “Sei que muitos de vocês, na Páscoa, vão se confessar para se encontrarem com Deus. Mas muitos me diriam hoje: ‘Padre, onde posso encontrar um sacerdote, um confessor, por que não podemos sair de casa? Eu quero fazer as pazes com o Senhor, eu quero que Ele me abrace, que meu Pai me abrace… Como posso fazer se não encontro sacerdotes?’”.
O Papa pediu que cada um faça, em casa, aquilo que diz o Catecismo: “Se não encontras um sacerdote para confessar, fale com Deus, Ele é teu Pai, e diga a Ele a verdade: ‘Senhor, aprontei isso, isso, isso … Perdoa-me’. Peça perdão a Ele, de todo coração, com o ato de contrição’. Um ato de contrição bem feito, e nossa alma se tornará branca como a neve. Em seguida, você deve prometer a Deus: ‘Depois, vou me confessar, mas me perdoe agora’. Imediatamente, voltarás à graça de Deus. Tu mesmo podes aproximar-te – como nos ensina o Catecismo – do perdão de Deus se não tens à mão um sacerdote. Mas pensem: é o momento! E este é o momento correto, o momento oportuno. Um ato de contrição bem feito, e assim nossa alma se tornará branca como a neve.”
Então, o Papa pediu que cada um faça, em casa, aquilo que diz o Catecismo, que é muito claro nesse ponto: “Se não encontras um sacerdote para confessar, fale com Deus, Ele é teu Pai, e diga a Ele a verdade: ‘Senhor, aprontei isso, isso, isso … Perdoa-me’. Peça perdão a Ele, de todo coração, com o ato de contrição. Um ato de contrição bem feito, e nossa alma se tornará branca como a neve”.
Deve-se atentar para o que diz o Papa: “Depois vou me confessar, mas me perdoe agora”. Isto é, faz-se necessário que façamos a confissão com um sacerdote assim que possível, da mesma forma que acontece com a confissão comunitária, onde O Catecismo afirma que para a sua validade “os fiéis devem ter o propósito de confessar, individualmente, seus pecados graves no tempo devido” (n. 1483).
Em tempos normais, sem catástrofes, pandemias ou qualquer tipo de impedimento, o Catecismo diz que: “A confissão individual e integral, seguida da absolvição, continua sendo o único modo ordinário pelo qual os fiéis se reconciliam com Deus e com a Igreja, salvo se uma impossibilidade física ou moral dispensar desta confissão.” Isso se dá por razões profunda: Jesus Cristo age em cada um dos sacramentos, dirige-se a cada pecador, individualmente; “Filho, os teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5); “A confissão pessoal é, pois, a forma mais significativa da reconciliação com Deus e com a Igreja”. (n.1484)
O Papa citou, ainda, o profeta Isaías, relembrando a volta do filho pródigo para mostrar que Deus está pronto a perdoar quem se arrepende: “Se vossos pecados forem escarlates, se tornarão brancos como a neve”. “Ele é capaz de nos transformar, Ele é capaz de mudar o coração, mas precisamos dar o primeiro passo: voltar. Não é ir para Deus, não: é voltar para casa”.
O Papa fez uma oração para a reconciliação com Deus e para a comunhão espiritual:
“Aos vossos pés, ó meu Jesus, prostro-me e ofereço-Vos o arrependimento do meu coração contrito, que mergulha no Vosso e na Vossa santa presença. Eu Vos adoro no sacramento do Vosso amor, desejo receber-Vos na pobre morada que meu coração Vos oferece. À espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-Vos em Espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a Vós. Que o Vosso amor possa inflamar todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em Vós, espero em Vós. Eu Vos amo. Assim seja”.
Terminamos com a Oração do Papa à Virgem Maria:
“Ó Maria, Tu sempre brilhas em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Nós nos entregamos a Ti, Saúde dos Enfermos, que na Cruz foste associada à dor de Jesus, mantendo firme a Tua fé. Tu, Salvação do povo romano, sabes do que precisamos e temos a certeza de que garantirás, como em Caná da Galiléia, que a alegria e a celebração possam retornar após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a nos conformarmos com a vontade do Pai e a fazer o que Jesus nos disser. Ele que tomou sobre si nossos sofrimentos e tomou sobre si nossas dores para nos levar, através da Cruz, à alegria da Ressurreição. Amém. Sob a Tua proteção, buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus. Não desprezes as nossas súplicas, nós que estamos na provação, e livra-nos de todo perigo, Virgem gloriosa e abençoada.”